Capítulo 18
Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida
CapÃtulo 18
âQuem era aquela menina de ontem?â
Após a saÃda do Sr. Mauro e os outros, ele respirou aliviado e então virouâse para perguntar: âVocês agradeceram ela adequadamente?â
â
âJá entregamos um chequeâ â Vicente falou sobre a menina com grande admiração: âQuem diria que uma adolescente seria uma médica tão incrÃvel!â
Foi realmente surpreendente!
âAquela garotinha estava apenas de passagem e notou sua doença por acaso, insistindo em salváâlo à força!â
Se não fosse por sua âintromissãoâ, o velho senhor provavelmente já teriaâ¦
âO coração de um médico é realmente bondosoâ¦â â Na mente do Sr. Mauro, uma pequena face aparecia vagamente, um pouco embaçada, mas com uma vaga sensação de beleza e uma voz agradável.
à uma pena que ela seja tão jovem, além do fato de o Célio estar noivo da Mariana Neves⦠Caso contrário, não seria ma ideia leváâla para ser sua nora!
âVocê anotou as informações de contato da menina?â â O Sr. Mauro respondeu: âEu gostaria de agradecêâla pessoalmenteâ. Vicente hesitou, olhando apressadamente para o Sr. Célio.
O Sr. Célio tinha conseguido o número dela ontem!
âVocê deveria deixar as pessoas em pazââ Célio respondeu friamente.
âComo assim? Eu não posso ver a pessoa que me salvou e expressar minha gratidão?â
O Sr. Mauro pensava que, com tantos especialistas incapazes de curar sua doença, a garota tinha conseguido trazêâlo de volta do limiar da morte.
O que isso significava?
Significava que as habilidades médicas da menina estavam muito acima das deles!
Se ele se lembrava bem, a meniña devia ter apenas dezessete ou dezoito anos, e ele tinha outro neto da mesma idadeâ¦
Não seria um casamento ruim se desse certo.
âVocê tem o contato dela?â
O Sr. Mauro se lembrou da maneira como Vicente olhou para Célio, esse rapaz definitivamente tinha o número do celular ou o WhatsApp dela.
âEu não me importo, você tem que trazêâla aqui:â O Sr. Mauro usou todos os seus truques.
Por fim, Célio cedeu: âDepende dela vir ou nãoâ.
O âplanoâ do Sr. Mauro deu certo pela metade, e ele disse apressadamente: âClaro que sim!â.
Se ela não viesse, certamente seria por medo da sua frieza!
Vendo que Célio estava prestes a sairâ¦
âEspere um pouco!â â O Sr. Mauro acrescentou, como se estivesse pensando em algo: âSeja educado quando falar com a menina! Seja gentil! Se você não souber como, deixe que o Vicente lhe ensine! Não a assuste, está me ouvindo?â
Ela poderia ser sua futura noraâ¦
Célio: âDesde quando ele não é gentil ou educado? Precisa de alguém para ensinar?â
Vicente; âSr. Mauro, por favor, não me coloque nessa, meu velho. O Sr. Célio acabou de esquecer aquele projeto na Ãfricaâ¦â
âA garotinha é minha salvadora, não permito que você fique de cara fechada!â â O Sr. Mauro temia que a menina fosse jovem demais para suportar o susto.
Enquanto isso.
Carlos Neves e Nair Pires chegaram à mesa de jantar com uma variedade de café da manhã para suas duas filhas.
âIsto é um doce que o chef fez de manhã cedo, recémâsaÃdo do forno, aqui Isabella, aqui está o seu, cuidado que está quente.â âMariana, você ficou um mês na escola e parece que emagreceu, coma mais.â
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Mariana Neves sorriu docemente: âRai, mãe, não se preocupem tanto comigo, peguem mais para a irmã, não é como se eu não tivesse comido coisaâs boas a vida toda.â
Nair Pires soltou uma gargalhada, pensando que a filha realmente sabia o que estava fazendo, não se esforçando para competir com Isabella, mas sempre pensando nela de todas as formas possÃveis.
Foi uma situação muito mais harmoniosa do que o esperado.
âPai, este é o chá preto que você mais gosta de beber com os doces, vou te servir uma xÃcara.â
Mariana Neves levantouâse e despejou o chá do bule de porcelana branca na xÃcara de Carlos Neves, e pegou outro bule com estampa azul e despejou seu conteúdo de crisântemo na xÃcara de Nair Pires.
âMamãe, aqui está o seu chimarrão favorito, beba enquanto está quente.â
Nair Pires não esperava que a filha ainda se lembrasse de seus hábitos e sorriu carinhosamente, levando a cuia aos lábios para um gole.
Mariana Neves, como uma vitoriosa após uma grande luta, lançou um olhar proposital para Isabella.
Filha biológica ou não, depois de tantos anos de convivência, ninguém conhecia os hábitos alimentares de seus pais melhor do que ela.
Como Isabella não percebeu esse pequeno pensamento, seu olhar era sereno como água enquanto ela comia lentamente o delicado pedaço em seu prato, como se nada daquilo a afetasse.
âIrmã, eu não sei que tipo de chá você gostaâ¦â â Mariana Neves pretendia fazer com que ela mesma se servisse.
Mas antes que pudesse terminar a frase, Isabella disse casualmente: âChá verde, por favorâ.
Mariana Neves ficou paralisada. Será que isso significava que ela deveria servir o chá?
âVocê é tão atenciosa com sua irmãâ¦: â Carlos Neves, achando que Mariana Neves iria servir o chá para Isabella, disse alegremente: âIsabella, Mariana é assim mesmo, sempre cuidadosa com a famÃlia, ela é tão apegada à própria famÃlia que não ficaria feliz se você não a deixasseâ.
Isabella ergueu o olhar para Mariana: âEntão, por favor, pode servir.â
Mariana Neves se viu em uma situação embaraçosa, mas, já que havia chegado até ali, só podia se levantar e pegar o bule com um sorriso no rosto.
Com o canto do olho, ela notou que Isabella estava usando um delicado vestido branco de renda.
A renda era fina, e o chá verde exigia uma temperatura de noventa grausâ¦
Se por acidenteâ¦
Com apenas um olhar, Isabella pôde ver o pequeno esquema dentro dela.
Mariana Neves estava servindo seu chá quando ouviu Isabella dizer: âSete dedos de chá está bom.â
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Mariana Neves não esperava que ela notasse tão rapidamente e cerrou os dentes, tentando fingir que não tinha ouvido, quando Isabella acrescentou: âJá chega.â
Mariana Neves teve de parar o que estava fazendo e, ainda sorrindo, disse:âVocê é tão cuidadosa, mana. Em todos os anos em que sirvo chá para mamãe e papai, nunca derramei, está preocupada que eu possa te queimar?â
Isabella levantou os olhos lÃmpidos e esboçou um leve sorriso: âEu só queria menos chá que nossos pais, como forma de respeito.â
Menos uma medida que os pais era uma questão de honra.
âMinha querida Isabella, não precisa ser tão educada na sua própria casa â¦â â Nair Pires não esperava que a menina fosse tão atenciosa e que soubesse tanto sobre etiqueta à mesa.
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Pelo contrário, Mariana Neves, com o comentário que fez anteriormente, parecia agora um pouco mesquinha.
Entretanto, Mariana, certamente, Mariana não tinha intenções ruins.
Carlos Neves tentou aliviar o clima com um sorriso: âIsabella, Mariana, logo mais os resultados do vestibular sairão, vocês já pensaram em que universidade querem entrar?â
Ele abaixou a xÃcara de chá com uma expressão gentil, esperando que elas falassem.
Depois de se sentar, Mariana Neves sentiu que precisava colocar Isabella em seu devido lugar e, com um sorriso, tomou a frente: âAcho que vou escolher a Universidade Ventosoâ.
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Isabella levantou o olhar ao ouvir Universidade Ventosoâ, com uma expressão indecifrável.
Mariana Neves naturalmente notou a observação e disse com um sorriso: âEmbora muitos dos meus colegas de classe tenham dito que este exame de admissão era muito difÃcil, eu achei mais fácil do que as questões de prática que costumo fazer. Não estou preocupada, para entrar na Universidade Ventoso é tranquilo.â
âA Universidade Ventoso é considerada a melhor do paÃs, mas⦠Eu me lembro de você querer estudar no exterior antes?â â Carlos Neves olhou para ela, com um vislumbre de confusão em seus olhos.