Chapter Capítulo 289
Aurora Dourada: Retorno By Ricardo Almeida
CapÃtulo 289 Podia-se perceber que ela era muito bem cuidada. Cada fio de cabelo estava cuidadosamete penteado, as unhas, cuidadosamente cortadas, e até as roupas eram escolhidas conforme seus gostos antigos.
Se ela pudesse se mover, falar, certamente seria uma avó carinhosa e gentil.
âMinha querida, a nora veio te visitar!âPablo Franco segurou a mão de sua esposa e, com um sorriso, fez as apresentações:
âEsta é a Isabella, aquela sobre quem eu sempre falo, viu que linda? Não é só o rosto, ela toca piano maravilhosamente bem e ainda salva vidas. Esse moleque sortudo conseguiu encontrar uma parceira excepcional como Isabella.â
Dizem que Isabella foi aluna da grande mestra de piano Senhora Melodia!
Isabella olhou para a doce senhora e disse com suavidade: âBoa tarde, vó. Meu nome é Isabella, é um prazer conhecê-la.â
Ela tocou o colar em seu pescoço: âObrigada pelo presente que me deu, adorei.â
Depois, ela tirou um presente: âIsto é para a senhora.â
âO que é isso?âPablo Franco tomou o pacote e, ao abrir, viu que era uma bela pulseira de esmeralda.
âIsto é uma joia de primeira... o design também é muito elegante, você gastou muito, gastou muito.âEle mostrou a joia para sua esposa: âOlha que linda, vou colocar em você.â Com todo cuidado, ele colocou a pulseira no pulso da esposa: âSe sua vó pudesse movimentar agora, certamente te abraçaria emocionada...â
Mas era uma pena, aquela doença, ninguém tinha como ajudar.
Ela ainda podia piscar e respirar, mas os outros sinais, eram completamente como os de uma pessoa em estado vegetativo.
Célio não sabia quando Isabella havia preparado o presente para a avó, ainda mais um tão precioso quanto aquela esmeralda.
Movido pela emoção e preocupado com o gasto, ele ficou com o coração apertado.
Anteriormente, algumas moças herdeiras tinham feito de tudo para visitar a avó com a desculpa de encontrar o avô, trazendo presentes para agradá-lo. No subconsciente delas, não fazia sentido dar presentes para quem estava em estado vegetativo.
Se trouxessem algo, era como se estivessem desperdiçando.
Mas Isabella tratava a avó como uma pessoa viva, não como uma planta, respeitando-a e cuidando dela com sinceridade.
08:53 Capitulo 289 Essa era a diferença dela.
Isabella segurou o pulso da avó: âVó, quando a senhora melhorar, vamos sair juntas. Vamos comer fora, passear no shopping ou fazer uma viagem para ver o mundo lá fora.â Pablo Franco, ao ouvir isso, sentiu um nó na garganta e virou o rosto, segurando as lágrimas que queriam escapar.
Célio esticou a mão e bateu levemente nas costas dele, como se o confortasse.
E Isabella, que já havia terminado de verificar o pulso, retirou a mão, certa de seus achados: âEu acredito que esse dia chegará em breve.â
Como Célio havia dito antes, a avó realmente sofrera um dano cerebral.
Há tempos, Isabella havia tratado um caso complicado de um paciente que esteve estado vegetativo devido a um dano cerebral.
Apesar de ter conseguido curá-lo, precisou de muitos medicamentos, alguns muito raros e difÃceis de encontrar, disponÃveis apenas na região do Triângulo.
Mas a situação da avó era diferente da daquele paciente; a vida dela já estava chegando ao fim.
Isso Isabella percebeu ao verificar o pulso!
No entanto, ela não compartilhou essa informação, preferindo pensar numa solução por conta própria.
Falar agora só causaria ansiedade e tristeza...
Depois de visitar os avós e no caminho de volta à Vila Costa, Célio perguntou em voz baixa: âIsabella, algum problema?â